O I SEMINÁRIO DE MUSICOTERAPIA: REFLEXÕES E VIVÊNCIAS tem por objetivo proporcionar um ambiente rico de reflexões no âmbito da UFC para o início de  experiências com a Musicoterapia como área de conhecimento. O evento é dirigido a professores de todos os níveis de ensino, a todos os estudantes de música, psicologia e áreas afins, além dos demais profissionais que tenham interesse em Musicoterapia.

 

Queremos que este seminário contribua para a ampliação dos interesses em música, psicologia e educação, iniciando um campo de estudos continuado e aprofundado em Musicoterapia.

 

O “I SEMINÁRIO DE MUSICOTERAPIA: REFLEXÕES E VIVÊNCIAS” é uma realização do Laboratório de Epistemologia da Música da Universidade Federal do Ceará - UFC, do Programa de Pós Graduação em Educação e do Curso de Música da UFC em parceria com a Secretaria de Educação do Estado do Ceará – SEDUC, o Projeto de Extensão Musicultura e o Curso de Psicologia da UFC.

 

Sejam todos bem vindos a esta nova experiência musical, terapêutica e de vida!

 

Pedro Rogério

Coord. do I Seminário de Musicoterapia: Reflexões e Vivências

Coord. Do Laboratório de Espistemologia da Música CNPq/UFC

Professor do Curso de Música e do Programa de Pós Graduação em Educação da UFC

Representante da Associação Brasileira de Educação Musical - ABEM

Musicoterapia

 

Muito mais do que um conjunto de notas e ritmos, a música expressa sentimento, emoção, modifica a subjetividade humana resignificando a vida e imprimindo novo sentido na forma de ser e estar no mundo. A Musicoterapia visa, por meio da música, proporcionar qualidade de vida a todos que queiram usufruir de seus benefícios e mais especificamente a seus pacientes, através do incentivo de potenciais e o reestabelecimento de funções dos indivíduos. O tratamento atua nas necessidades mentais, sociais, físicas, emocionais e cognitivas.
 
Cada dia mais a música tem sido usada como recurso terapêutico, e estudos científicos apontam os seus benefícios. Pesquisas comprovam que ela tem o poder de proporcionar um maior equilíbrio nos indivíduos, seja no aspecto imunológico ou cerebral, indo além de sua capacidade relaxante. A música pode controlar as reações emocionais das pessoas, facilitando o entendimento das informações cognitivas e induzindo a produção de substâncias químicas cerebrais, como a dopamina e a serotonina, que relacionam-se aos estados de prazer e bem-estar.
 
Um estudo, da Stanford University (Califórnia, Estados Unidos), comprova que a música pode ajudar no desenvolvimento da capacidade do cérebro em distinguir entre sons que mudam rapidamente. Tal constatação confirma a noção de que o cérebro não é um órgão imutável, mas adaptável, significando que, com treino adequado, as pessoas podem melhorar a sua agilidade mental. As ondas sonoras penetram o nosso corpo e produzem vibrações que ativam o sistema nervoso. Então, as células vivas são acionadas, proporcionando o equilíbrio e a regulação da saúde.
 
A musicoterapia pode ser utilizada por todos e em muitos casos, auxiliando desde estudantes com dificuldade de aprendizado, dependentes químicos pessoas com dificuldades motoras, autistas, pacientes com deficiência mental, paralisia cerebral, dificuldades emocionais, pacientes psiquiátricos, gestantes, idosos, até pessoas com câncer ou portadoras do vírus HIV, além de ser um camimho tearapêutico acessível a todos que queiram promover seu bem estar.
 
A musicoterapia não tem por objetivo a formação musical, é uma metodologia de tratamento, logo não é necessário que o paciente possua nenhum treinamento musical. Já o profissional de musicoterapia deve ter noções musicais de ritmo, harmonia e melodia e saber tocar bem pelo menos um instrumento musical.  Os mais usados são o violão, o piano (ou outros instrumentos com teclado) e instrumentos de percussão. O trabalho do musicoterapeuta pode ser desenvolvido em parceria com áreas ligadas a saúde multidisciplinares, junto a médicos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e educadores.